O relator do projeto da Dosimetria, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse a sindicalistas nesta terça-feira (30) que o momento é de “esperar a poeira baixar” e não estabeleceu prazo para a votação da proposta que pode reduzir as penas dos envolvidos na tentativa de golpe de 2022.
Ligado historicamente ao movimento sindical, Paulinho recebeu na Câmara as seis maiores centrais sindicais do país. Ele afirmou que é hora de “conversar e alinhar estratégias”, sobretudo com o Senado, além de aguardar o desgaste da imagem negativa deixada na Câmara após a votação da chamada PEC da Blindagem.
A relação entre as duas Casas do Congresso ficou estremecida depois que os senadores rejeitaram a proposta aprovada pelos deputados, que previa votação secreta para autorizar prisão ou abertura de ação penal contra parlamentares.
Após o encontro, as centrais sindicais divulgaram uma nota pública contra qualquer possibilidade de anistia aos envolvidos na tentativa golpista.
“Vamos virar a página da nossa história. Nossa Constituição é clara: para esses crimes não há anistia nem perdão. Para que possamos superar esse trágico episódio, é preciso cumprir o que os constituintes de 1988 determinaram: o golpismo será punido. Que assim seja até o fim”, diz o texto.
O documento também ressalta apoio ao diálogo institucional e à defesa da democracia:
“Manifestamos nosso apoio aos esforços de construção de entendimentos em torno do fortalecimento das instituições, da igualdade de direitos, da transparência e do bom uso dos recursos públicos, mas sem anistia.”
Assinam a nota:
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Além do tema da anistia, os sindicalistas também discutiram com Paulinho pautas trabalhistas em análise no Congresso, como a correção da tabela do Imposto de Renda, a taxação dos super-ricos e a redução da jornada de trabalho com o fim da escala 6x1.
Do Portal Meio Norte.
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