Os recentes casos de intoxicação por metanol no Brasil estão provocando queda nas vendas de destilados e mudando o comportamento dos consumidores em bares de São Paulo. Alguns estabelecimentos relatam redução no número de clientes, enquanto outros suspenderam temporariamente a venda de bebidas mais fortes. Em contrapartida, houve aumento na procura por chope e cerveja, consideradas opções mais seguras pelos frequentadores.
De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o país registrou 59 notificações de intoxicação por metanol até a tarde de quinta-feira (2). Destas, 11 já foram confirmadas por exames laboratoriais. O metanol é um tipo de álcool usado em solventes e produtos químicos industriais. Quando ingerido, pode causar cegueira, coma e até morte, por danificar o fígado, o cérebro e o nervo óptico. Apenas testes laboratoriais conseguem confirmar a presença da substância em bebidas adulteradas.
Nos bares paulistanos, o medo é evidente. Um cliente resumiu o clima de desconfiança:
“Caipirinha não dá mais para beber, tem que estar sempre alerta.”
O garçom Fábio, que trabalha em uma adega no bairro Campo Limpo, relatou queda nas vendas de bebidas destiladas desde o início das notícias sobre as intoxicações.
No bar Carambolas, o proprietário Fernando Souza Lemos afirmou que os clientes passaram a questionar a procedência das bebidas, o que o levou a guardar notas fiscais e reduzir o estoque de destilados. Situação parecida ocorre no Boteco São Bento, onde o gerente Santilino Souza confirmou aumento nos pedidos de chope e cerveja, com redução significativa nas vendas de destilados.
Já no Zé Gordo, um grupo de amigos decidiu optar pela cerveja, considerada uma alternativa mais segura diante do temor generalizado.
Fonte: Portal Meio Norte.
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