O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi condenado nesta sexta-feira (13), a 16 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar foi considerado culpado pelos crimes de organização criminosa, golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito.
Além da prisão, o colegiado determinou a perda do mandato parlamentar, já que a pena supera o limite de 120 dias previsto na Constituição, e a perda do cargo de delegado da Polícia Federal, no qual Ramagem é servidor de carreira.
Nas redes sociais, o deputado criticou a decisão e disse ser vítima de “perseguição política”. Ramagem afirmou que a condenação se baseou na delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, mas que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro “não o citou uma única vez”.
“Todos sabem que a delação do Mauro Cid foi a espinha dorsal de toda essa ação. Agora, você sabia que o delator não me citou uma única vez nesta delação? E eu estou no núcleo crucial do golpe, sem nenhuma citação minha a nada do delator”, declarou Ramagem.
Em seu voto, o relator Alexandre de Moraes argumentou que o ex-diretor da Abin transformou o órgão em uma “central de contrainteligência da organização criminosa”, produzindo relatórios e documentos com informações falsas contra opositores. Segundo Moraes, esses materiais eram usados posteriormente em discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ramagem anunciou que começará a publicar uma série de vídeos explicando o que classifica como “absurdos” de sua condenação.
Fonte: Portal Meio Norte.
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