Neste domingo, 14 de setembro, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, deixou a sua residência (prisão), pela primeira vez desde que foi condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado.
O deslocamento ocorreu para a realização de um procedimento cirúrgico, sob escolta policial — protocolo comum a qualquer pessoa em situação de prisão.
Bolsonaro foi acompanhado por dois de seus filhos, Jair Renan e Carlos Bolsonaro. Enquanto a presença policial foi tratada com naturalidade por Renan, Carlos não poupou críticas. Em declarações públicas, chamou a escolta de “o maior circo armado da história do Brasil” e afirmou que o episódio teria sido planejado para “humilhar” seu pai.
Na prática, o que Carlos classifica como “humilhação” não passa de um procedimento-padrão aplicado a qualquer preso no país. Aliás, se há algum privilégio na situação, é o fato de Jair Bolsonaro estar cumprindo sua pena em regime de prisão domiciliar — condição a que a imensa maioria dos detentos brasileiros jamais tem acesso.
Vale lembrar que o próprio Bolsonaro, quando ocupava a Presidência, costumava dizer que “quem não quer passar por constrangimentos preso, não comete crimes”. Agora, os papéis se inverteram, mas os filhos do ex-presidente parecem ignorar a realidade: o pai é hoje um criminoso condenado.
O discurso de vitimização de Carlos Bolsonaro apenas reforça a tentativa de blindar a imagem do ex-presidente diante de seus seguidores. Mas, ao contrário do que o filho tenta insinuar, a escolta policial não é espetáculo — é justiça sendo aplicada.
Por F. Silva/Barreiras 40 Graus.
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