Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), já sinalizaram que vão barrar qualquer tentativa de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, caso o Congresso avance com a proposta.
A movimentação ganhou força em Brasília com o início do julgamento dos responsáveis pelos ataques, aumentando a pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), admitiu que o tema será discutido ainda este mês, após negociações entre líderes do Centrão. Segundo ele, a ideia é que, em troca da anistia, Bolsonaro apoie uma eventual candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas em 2026.
No Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também entrou no debate ao sugerir mudanças na tipificação do crime de abolição do Estado democrático de Direito.
Enquanto isso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que a oposição já teria votos suficientes para aprovar a medida. Tarcísio, por sua vez, vem atuando diretamente junto a ministros do STF, defendendo clemência para os envolvidos, sob o argumento de promover uma “pacificação nacional”.
O debate sobre anistia, contudo, soa como um contrassenso. Em pleno momento em que o Supremo julga os réus do maior ataque à democracia desde a redemocratização, a Câmara cogita apagar crimes contra o Estado de Direito em nome de acordos políticos. A mensagem transmitida ao país é de que a lei pode ser relativizada quando os interesses eleitorais estão em jogo.
Fonte: Metro1.
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