Maria Clara Pacheco conquista ouro histórico e recoloca o Brasil no topo do Taekwondo mundial

O dia 24 de outubro de 2025 entrou para a história do Taekwondo brasileiro. Exatamente duas décadas após o ouro inédito de Natália Falavigna, a jovem Maria Clara Pacheco, de 22 anos, repetiu o feito e se sagrou campeã mundial na categoria até 57kg, em Wuxi, na China.

Vitória marcante contra a campeã olímpica

Na grande final, Maria Clara derrotou a sul-coreana Yu-Jin Kim, campeã olímpica, por 2 rounds a 0, conquistando o título mundial de forma dominante. Emocionada, a brasileira dedicou a conquista à família, ao treinador e à Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD).

“É uma emoção que eu não consigo explicar. É a primeira vez que ganho um título tão importante, e esse era o grande objetivo do ano. Estou muito feliz e agradeço a todos que torceram por mim. Dedico essa vitória ao meu treinador, à CBTKD e ao Time Brasil, que me apoiaram durante todo o ciclo”, afirmou Maria Clara.

Reconhecimento e emoção de Natália Falavigna

Gestora esportiva do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Natália Falavigna, campeã mundial em 2005, celebrou o desempenho da nova campeã.

“A Maria é uma atleta que há algum tempo já chamava a nossa atenção. Ela deu um salto incrível de performance neste ano. Vê-la competir em um nível tão alto é muito gratificante. Ela é excepcional, tem um potencial imenso e a conquista reflete toda sua dedicação e a da equipe”, destacou Natália.

Para Falavigna, o título de Maria Clara simboliza uma nova era para o Taekwondo nacional. “É muito legal vê-la se tornar uma referência para toda a equipe brasileira. Essa energia contagia o grupo inteiro. Foi um ano excepcional e esse ouro é o coroamento do trabalho e da entrega dela”, completou.

Caminho até o ouro

Líder do ranking mundial, Maria Clara entrou direto nos 32 avos de final e estreou com vitória tranquila sobre a portuguesa Leonor Correia, por 2 a 0 (13×0 e 13×0). Nas oitavas, superou a espanhola Laura Rodriguez Marquina por 2 a 1, após perder o primeiro round por 6×5.

Nas quartas de final, venceu a norte-americana Faith Dillon por 2 a 0 (8×5 e 8×8). Na semifinal, garantiu a vaga na decisão ao derrotar a chinesa Zongshi Luo por 2 a 0 (4×2 e 10×3).

Na final, repetiu o confronto do Grand Prix de Muju, disputado em agosto, quando também havia vencido Yu-Jin Kim. Com o novo triunfo, consolidou sua posição de número 1 do mundo e do ranking olímpico.

Ascensão meteórica da nova campeã

Maria Clara iniciou sua trajetória na categoria adulta em 2023, conquistando bronze no Mundial de Baku e prata nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Em 2024, chegou às quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris, demonstrando evolução constante.

Em 2025, sua temporada foi impecável: conquistou o ouro no Grand Prix de Charlotte (EUA), venceu o Grand Prix de Baku e foi campeã dos Jogos Mundiais Universitários na Alemanha. O título mundial em Wuxi coroou o melhor ano de sua carreira.

Um novo capítulo para o Taekwondo brasileiro

Com o ouro, Maria Clara Pacheco entra para a história ao repetir o feito de Natália Falavigna e confirmar o Brasil entre as potências do Taekwondo mundial. Sua conquista representa não apenas um marco esportivo, mas também a consolidação de uma nova geração de atletas que mantém viva a chama da modalidade no país.

Com informações da Tatame Notícias.