O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), correu para as redes sociais nesta terça-feira (23), para comentar o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Para o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, não houve nenhuma surpresa: Trump teria sido, como sempre, “firme, inteligente e genial” em sua estratégia de negociação.
Segundo Eduardo, o republicano aplicou o seu conhecido manual: primeiro tensiona, depois pressiona, para só então “reaparecer ainda mais forte” na mesa de negociações. Como exemplo, citou as recentes sanções dos EUA contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes — a quem Eduardo chamou de “o maior violador de direitos humanos da história do Brasil”.
“Depois disso, [Trump] sorriu e mostrou-se aberto ao diálogo em uma posição infinitamente mais confortável, fiel àquilo que sempre defendeu: os interesses dos americanos em primeiro lugar”, escreveu o deputado no X (antigo Twitter).
O detalhe é que, no mesmo evento, Trump declarou que se encontrou com Lula, trocou abraços com o petista e que os dois deverão se reunir na próxima semana para discutir tarifas comerciais. Uma cena improvável que deixou bolsonaristas atônitos — mas não Eduardo, que preferiu enxergar no gesto mais uma prova da “genialidade” do ex-presidente norte-americano.
“Enquanto Trump entra na mesa quando quer, da forma que quer e na posição que quer, Lula estaria apenas ‘assistindo impotente’ ao jogo global”, disse Eduardo, reforçando a visão de que o Brasil, sem os EUA, “vai mal”.
O deputado ainda concluiu sua análise internacional com um toque doméstico, vinculando o episódio à sua velha bandeira: a anistia “ampla, geral e irrestrita” aos aliados de seu pai. Afinal, para Eduardo, se até Trump reconhece quem manda no jogo, por que o Brasil deveria insistir em punições?
No fim das contas, Eduardo conseguiu o que sempre faz: transformar até um elogio de Trump a Lula em prova de que o líder republicano, claro, segue sendo o farol da “direita raiz” — e que tudo, de tarifas comerciais à política externa dos EUA, serve de argumento para defender a salvação judicial da família Bolsonaro.
Fonte: BNews.
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