O advogado da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), Fábio Pagnozzi, negou nesta quinta-feira (3), que a parlamentar esteja foragida da Justiça brasileira. Em entrevista à CNN Brasil, Pagnozzi afirmou que Zambelli está à disposição das autoridades italianas, país para onde viajou após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Esse boato de que ela está escondida? Não. Ela não está escondida. Está à disposição das autoridades italianas”, declarou o advogado - Como ela ocmeteu os crimes no Brasil, deveria estar à disposição das leis brasileiras.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos e 8 meses de prisão em regime inicial fechado, além da perda do mandato parlamentar, por envolvimento na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão do ministro Alexandre de Moraes também determinou a prisão preventiva da deputada, o bloqueio de suas contas bancárias, bens e imóveis, além da inclusão de seu nome na lista de difusão vermelha da Interpol.
O advogado criticou a atuação do embaixador do Brasil na Itália, Renato Mosca, que solicitou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano a extradição da parlamentar. “Quando o embaixador se antecipou dizendo que a polícia italiana estava atrás da deputada Carla Zambelli… Eu falo de novo: ela não está foragida. E não é porque ela está sendo protegida em solo italiano, é porque a Itália precisa receber formalmente o processo. O Ministério da Justiça italiano precisa da documentação traduzida oficialmente, e não de um simples pedido político. O ministério já está sabendo? Sim. Mas ele oficializou a defesa da deputada na Itália? Ainda não”, afirmou.
Pagnozzi garantiu que a deputada se apresentará à Justiça italiana assim que for formalmente solicitada.
Apesar da defesa sustentar que não há fuga, o fato é que Zambelli deixou o país após a condenação, ignorando a ordem de prisão preventiva decretada pelo STF. Se não é foragida, o que justifica sua ausência? O uso de brechas burocráticas e diplomáticas para permanecer no exterior após uma decisão judicial não se diferencia, na prática, de uma fuga planejada. Ao se ausentar do Brasil, sem prestar contas à Justiça, a deputada demonstra desprezo pelas instituições que jurou respeitar. Afinal, quem confia na própria inocência não foge — se defende.
Da Redação do 40 Graus.
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