Em meio aos arranha-céus e ladeiras íngremes de Hong Kong, um verdadeiro marco da engenharia urbana chama a atenção de moradores e turistas: a Central Mid-Levels, considerada a maior escada rolante do mundo. Mais do que um simples meio de transporte, ela se tornou um símbolo da cidade e uma solução criativa para enfrentar os desafios do relevo acidentado da região central.
O sistema conecta a movimentada Queen's Road Central à Conduit Road, atravessando 13 ruas e uma das ladeiras mais agitadas da cidade. Composta por 16 escadas rolantes e três esteiras móveis, a Central Mid-Levels tem 800 metros de extensão, segundo o Departamento de Transportes de Hong Kong.
O percurso leva, em média, 20 minutos para ser concluído e funciona com sentido único reversível: das 6h às 10h, desce para facilitar o deslocamento de quem vai ao trabalho; das 10h à meia-noite, sobe, atendendo os moradores que retornam para casa. O trajeto é totalmente coberto, garantindo conforto em dias de chuva ou sol forte.
Durante o trajeto, é possível conhecer alguns dos restaurantes mais tradicionais da cidade, como o famoso Lan Fong Yuen, conhecido por seu icônico chá com leite ao estilo hongkonguês, e o Mak's Noodle, renomado pelas porções generosas de macarrão com wonton.
A escada é usada diariamente por cerca de 99 mil pedestres e conta com diversas entradas e saídas ao longo do caminho, o que facilita o acesso aos bairros residenciais e comerciais da região central da cidade.
Inaugurada em 1993, a Central Mid-Levels foi idealizada para desestimular o uso de carros e táxis, ajudando a reduzir os frequentes congestionamentos urbanos de Hong Kong. De acordo com o arquiteto Remo Riva, envolvido no projeto, a proposta era criar uma alternativa funcional e acessível para a população.
O investimento foi alto: US$ 30 milhões (valor que, com a cotação atual, ultrapassa R$ 170 milhões) — mais de seis vezes o orçamento original, segundo reportagem da BBC. Mesmo com o custo elevado, o projeto se consolidou como um exemplo de mobilidade urbana eficiente.
A operação e manutenção do sistema são realizadas pelo Departamento de Serviços Elétricos e Mecânicos de Hong Kong. Para garantir a segurança dos usuários, o complexo conta com 75 câmeras de vigilância, 200 alto-falantes, quatro painéis de LED e uma sala de controle exclusiva.
Com informações do BNews.
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