Israel aprovou um acordo para um cessar-fogo nos bombardeios israelenses contra o Hezbollah no Líbano, anunciou nesta terça-feira (26), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. A expectativa é que o acordo entre em vigor na quarta-feira (27).
As negociações para o acordo ocorreram ao longo das últimas semanas, com a mediação dos Estados Unidos e da França.
Em um pronunciamento televisionado, em tom de vitória, Netanyahu afirmou que o Hezbollah sofreu um retrocesso de "décadas" e que os moradores do norte de Israel poderão retornar às suas casas. O premiê também advertiu que Israel retomará os ataques caso o grupo extremista não cumpra sua parte no acordo.
Não foram divulgados detalhes do cessar-fogo acordado entre as duas partes.
A proposta em discussão previa a interrupção dos ataques por dois meses e a retirada das forças israelenses da fronteira sul do Líbano, segundo disseram à agência de notícias de Reuters diplomatas envolvidos na negociação. Por outro lado, o Líbano poderia retornar suas tropas para a fronteira, e o Hezbollah levaria suas armas para o norte do país.
Entre os pontos discutidos nas negociações estava ainda a possibilidade de o Exército israelense poder realizar ataques na fronteira sul do Líbano caso ocorra algum tipo de ameaça.
Na segunda-feira (25), o site de notícias norte-americano Axios afirmou que autoridades dos EUA que participam da negociação haviam chegado a um entendimento com as duas partes. O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, também disse à imprensa local que o acordo poderia sair em breve, mas disse que ainda havia pontos a serem ajustados.
Nesta terça, antes do anúncio do acordo, o Conselho de Segurança israelense se reuniu para definir os pontos do cessar-fogo.
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