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Rio Grande do Sul consolida posição estratégica na safra de soja 2025/26

Estado mantém liderança no mercado interno, enquanto estabilidade em Chicago reflete cautela global com compras chinesas.

31/10/2025 11h46
Por: F. Silva Fonte: Portal do Agronegócio
Rio Grande do Sul consolida posição estratégica na safra de soja 2025/26

O Rio Grande do Sul reforça sua posição estratégica na safra de soja 2025/26, segundo dados da TF Agroeconômica. Para entrega em outubro e pagamento em 15 de outubro, os preços no porto foram registrados em R$ 141,00 por saca, com leve queda semanal de 0,70%.

No interior do estado, as cotações médias ficaram em torno de R$ 131,00/sc (-0,76%) nas praças de Cruz Alta, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz. Em Panambi, o mercado físico apresentou recuo mais acentuado, com o preço de pedra caindo para R$ 120,00/sc, reflexo da resistência dos produtores às negociações.


Santa Catarina mantém equilíbrio entre oferta e demanda

Em Santa Catarina, o mercado segue estável e equilibrado, sustentado pela autossuficiência logística e capacidade de armazenagem. Apesar da ausência de novos dados de plantio e comercialização, o estado demonstra resiliência às oscilações de frete.

No porto de São Francisco do Sul, a saca foi cotada a R$ 139,32, com leve recuo de 0,36%.


Paraná segue entre os maiores produtores do país

Com projeção de 21,96 milhões de toneladas, o Paraná mantém-se como um dos principais produtores de soja do Brasil. Os preços variam conforme as praças:

  • Paranaguá: R$ 140,98/sc (-0,33%)

  • Cascavel: R$ 128,05/sc (-0,19%)

  • Maringá: R$ 128,96/sc (-0,15%)

  • Ponta Grossa: R$ 131,77/sc (-0,06%)

  • Pato Branco: R$ 139,32/sc (-0,36%)

No mercado de balcão, Ponta Grossa registrou preço médio de R$ 120,00/sc.


Mato Grosso do Sul e Mato Grosso mantêm estabilidade

No Mato Grosso do Sul, o mercado apresentou comportamento estável, com foco na preservação das margens de custeio.
Nas principais praças — Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia —, o preço spot ficou em R$ 123,73/sc (-0,98%). Já em Chapadão do Sul, houve leve alta de 0,07%, com R$ 120,40/sc.

O Mato Grosso, maior produtor nacional, segue consolidando sua liderança no plantio de soja.

  • Campo Verde, Primavera do Leste e Rondonópolis: R$ 121,28/sc (+0,67%)

  • Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso: R$ 119,48/sc (-0,02%)


Soja inicia sexta-feira com estabilidade em Chicago

Após dias de forte volatilidade, a soja abriu a sexta-feira (31) com leve estabilidade na Bolsa de Chicago (CBOT).
Por volta das 7h15 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 0,25 e 1,50 ponto, mantendo-se acima de US$ 11,00/bushel.

  • Janeiro/26: US$ 11,06/bushel

  • Maio/26: US$ 11,25/bushel

O mercado se mantém cauteloso diante de possíveis compras chinesas. Nesta semana, a estatal COFCO confirmou a aquisição de 180 mil toneladas de soja norte-americana, o que trouxe leve otimismo, embora insuficiente para indicar uma tendência firme.


Movimento externo é guiado por expectativas sobre a China

Na quinta-feira (30), os contratos de soja em Chicago encerraram o pregão em alta, impulsionados pelas expectativas de novos volumes chineses.

  • Novembro/25: +1,04%, a US$ 1.091,50/bushel

  • Janeiro/26: +1,21%, a US$ 1.107,75/bushel

Entre os derivados:

  • Farelo de soja (dezembro): +2,24%, a US$ 315,6/tonelada curta

  • Óleo de soja: -1,02%, a US$ 49,65/libra-peso

O impulso ganhou força após o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmar que a China comprará 12 milhões de toneladas até janeiro e 25 milhões nos próximos três anos.


Analistas pedem cautela diante da euforia

Apesar do otimismo, analistas como Ben Potter (Farm Progress) e Tommy Grisafi (Ag Bull Marketing) destacam que faltam detalhes sobre os prazos e volumes reais dessas compras.

Eles alertam para limitações logísticas dos EUA e lembram que a China pode adotar um ritmo gradual de aquisição, como ocorreu entre 2018 e 2019.

Assim, o sentimento predominante entre os traders segue de espera e verificação. O equilíbrio entre discurso diplomático e execução comercial efetiva será determinante para o rumo das próximas sessões em Chicago e para o comportamento do mercado físico no Brasil.


Fonte: Portal do Agronegócio | TF Agroeconômica | CBOT.

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