BRASÍLIA — O Partido dos Trabalhadores (PT), legenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve seguir os passos do Palácio do Planalto e intensificar a pressão nas redes sociais sobre a resistência do Congresso Nacional em discutir a taxação de grandes fortunas e a cobrança de impostos de setores atualmente isentos.
Em entrevista ao site Metrópoles, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou que a esquerda não deve recuar do debate sobre a chamada justiça tributária. “Claro que vai continuar, não podemos perder. É um debate legítimo na sociedade sobre os programas… Temos que defender nossa posição. Querem que fiquemos calados? Não vejo problema algum em o PT e as forças progressistas defenderem e atuarem por uma tributação mais justa, em que os ricos paguem a conta”, declarou.
A ofensiva digital tem surtido efeito. A esquerda vem conquistando vitórias na disputa de narrativas nas redes sociais, o que tem gerado desconforto no Congresso, principalmente entre deputados da base aliada. Um dos principais alvos de críticas nas redes é o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele foi chamado de “traidor” por internautas, após assumir o comando da Casa com apoio do governo, mas liderar a votação que derrubou o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), proposto pelo Executivo.
A crise entre o Planalto e o Congresso teve início no fim de maio, quando o governo anunciou um aumento no IOF com objetivo de arrecadar cerca de R$ 20 bilhões para cumprir a meta fiscal de 2025. A medida foi mal recebida por lideranças do Legislativo. Após reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, o governo recuou e reduziu o percentual de reajuste.
No entanto, o clima azedou ainda mais quando Hugo Motta pautou e aprovou com urgência o projeto que derrubava o aumento do IOF, ignorando o acordo que previa 15 dias para o governo apresentar uma alternativa política. A votação final ocorreu antes do fim do prazo, e o Congresso impôs uma derrota histórica ao Planalto.
Em resposta, o governo levou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). Na sexta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes suspendeu tanto os efeitos da medida do Executivo quanto a decisão do Congresso, convocando uma audiência de conciliação entre os Poderes.
Com o impasse judicializado, o governo tenta ganhar fôlego político para reorganizar sua base e manter viva a agenda de justiça fiscal, que considera essencial para equilibrar as contas públicas e reduzir desigualdades.
Com inforsmações do BNews.
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