BRASÍLIA — O presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, entregou sua carta de demissão nesta sexta-feira (4) no Palácio do Planalto. A saída deve ser oficializada na próxima semana, durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prevista para a próxima quarta-feira (9), quando o chefe do Executivo retorna a Brasília após viagem oficial.
A decisão de Fabiano ocorre em meio a pressões políticas crescentes, especialmente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que cobravam maior agilidade na apresentação de um plano de reestruturação da estatal. O partido de Alcolumbre deverá indicar o substituto de Fabiano, ampliando a influência política sobre a gestão dos Correios.
Segundo aliados, Fabiano teria alegado motivos de saúde para deixar o cargo e, na carta de renúncia, ressaltou ações implementadas ao longo de sua gestão. No entanto, fontes próximas à cúpula do governo avaliam que a saída também busca evitar um desgaste maior com o Planalto, diante do mau desempenho financeiro da empresa e do impasse em torno das medidas de recuperação.
No primeiro trimestre de 2025, os Correios registraram um prejuízo de R$ 1,7 bilhão, agravando a crise enfrentada pela estatal. Diante do cenário, a Casa Civil elaborou uma proposta de contenção de gastos, que inclui o fechamento de agências em diversas regiões do país e ações para redução de custos operacionais, como enxugamento de quadros administrativos e revisão de contratos.
A substituição no comando dos Correios ocorre em um momento em que o governo busca reequilibrar empresas públicas e reduzir despesas, pressionado por metas fiscais e críticas à eficiência de estatais. A escolha do novo presidente será observada de perto por parlamentares e sindicatos, que temem cortes em serviços essenciais e demissões.
Da Redação do 40 Graus.
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