O Brasil mantém desde 2009 a proibição da fabricação, publicidade e comercialização dos cigarros eletrônicos, os chamados vapes. A regulamentação, estabelecida pela Anvisa, foi reforçada em 2024 diante do crescimento do consumo, especialmente entre jovens. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar nesta segunda-feira (30), a pneumologista e pesquisadora Margareth Dalcolmo alertou para os riscos à saúde e elogiou as ações de fiscalização contra o contrabando desses dispositivos.
“O que entra no Brasil hoje é contrabando. A fiscalização tem feito um trabalho importante. A Polícia Federal tem salas cheias de dispositivos recolhidos”, afirmou a médica. Ela revelou ainda que o Departamento de Química da PUC do Rio de Janeiro realizou estudos com amostras apreendidas, identificando substâncias cancerígenas presentes nos produtos.
Margareth criticou o argumento de que a liberação dos cigarros eletrônicos poderia servir para reduzir danos, ao substituir o cigarro tradicional. Para ela, essa tese não se sustenta. “Isso é uma balela. Dizem que o cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar, mas experiências como as da Inglaterra mostraram que isso não funciona”, declarou.
A pneumologista reforçou que o Brasil tem sido um exemplo no enfrentamento ao consumo de vapes, o que tem incentivado outros países a repensarem suas políticas. “Estamos lidando de forma séria com o problema, principalmente entre os jovens. Nosso trabalho tem repercussão internacional e pode ajudar a evitar danos ainda maiores”, concluiu.
Com informações do Metro1.
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