O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escalou sua retórica agressiva e assumiu o protagonismo político no conflito em curso entre Israel e Irã. Em mensagens publicadas nesta terça-feira na rede Truth Social, Trump afirmou que a teocracia iraniana “se rendeu incondicionalmente” e fez uma ameaça direta ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, ao declarar que ele “é um alvo fácil”, embora tenha acrescentado que os EUA “não vão matá-lo — ao menos não por enquanto”.
A ameaça veio acompanhada de um ultimato em letras maiúsculas: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL”. Trump ainda recomendou que moradores de Teerã evacuassem a capital iraniana e afirmou que seu objetivo não é um cessar-fogo, mas sim o “fim da guerra”. “Nossa paciência está acabando”, escreveu o presidente norte-americano.
Em resposta à escalada, Trump retornou às pressas de uma reunião do G7 no Canadá para Washington e autorizou o envio de reforços militares ao Oriente Médio, incluindo um novo grupo de porta-aviões. Segundo ele, o Irã perdeu a chance de evitar o conflito ao recusar negociações para encerrar o programa nuclear. “Deveriam ter aceitado o acordo enquanto ele estava na mesa”, declarou.
Enquanto a tensão diplomática aumenta, o conflito no campo militar também se intensifica. Israel realizou novos bombardeios em Teerã e no oeste do Irã, destruindo um grande depósito de combustíveis e matando pelo menos 24 pessoas. Um dos ataques também resultou na morte de Ali Shadmani, um dos principais generais ligados ao líder iraniano.
O governo de Benjamin Netanyahu não descarta agora mirar diretamente o aiatolá Khamenei, sinalizando uma nova fase do conflito.
Do lado iraniano, houve redução no número de lançamentos de mísseis, o que pode indicar uma escassez de armamentos. Ainda assim, o regime afirma ter atingido instalações do Mossad, o serviço secreto israelense. Segundo analistas, o Irã já teria perdido ou utilizado quase metade dos 2.000 mísseis balísticos que possuía antes do início da guerra.
O confronto entre Israel e Irã foi deflagrado por um ataque israelense às instalações nucleares iranianas em 13 de junho, em resposta à escalada de tensões provocada desde o ataque do Hamas a Israel, em outubro de 2023. Desde então, o conflito tomou proporções regionais, com pressão crescente dos Estados Unidos sobre a liderança iraniana e um cenário cada vez mais instável e imprevisível.
Com informações do Metro1.
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