Em Barreiras, nem o São João escapou do tradicional "jeitinho brasileiro", isso de acordo com o vereador João Felipe, que foi até às redes sociais nesta segunda (16), denunciar o que chamou de “atropelo do processo legal” em uma suposta dispensa de licitação que, segundo ele, ainda estava em andamento — mas que, curiosamente, já contava com uma empresa decorando alegremente o local da festa.
Segundo o vereador, a tal dispensa de licitação ainda tinha prazo aberto até as 17h desta segunda-feira, 16, o que significa que outras empresas ainda poderiam enviar propostas. A pergunta que ecoou com mais força que zabumba em noite de forró foi: como uma empresa já estava fincando bandeirolas e pendurando balões se a concorrência ainda nem tinha sido encerrada? Vidência empresarial? Revelação divina? Ou um simples “esquenta” fora da programação?
“E se essa empresa não vencer? Vai retirar tudo de volta? Ou já venceu por antecipação?”, ironizou um leitor do 40 Graus , visivelmente irritado. Segundo ele, não se trata apenas de enfeites juninos, mas de respeito à legalidade e, principalmente, ao dinheiro do povo. João Felipe prometeu pedir explicações formais à Secretaria de Cultura e ao prefeito Otoniel Teixeira, além de acionar o Ministério Público para investigar o caso.
A situação provocou reações hilárias nas redes sociais, com moradores brincando:
“Vou abrir uma MEI de bandeirolas. Nunca imaginei que dava tanto dinheiro!”
“Barreiras descobriu o pré-carnaval e agora o pré-São João licitatório!”
Mas a denúncia é séria: o processo, se for confirmado o descumprimento da lei de licitações, pode configurar direcionamento ou favorecimento de empresa específica — o que, traduzido para o português jurídico, rima com improbidade.
Enquanto isso, os festejos seguem firmes, com o colorido das bandeirolas brilhando sobre um terreno legal ainda nebuloso.
A promessa do vereador de "provocar" o Ministério Público joga luz sobre um tema recorrente no interior do país: a falta de transparência nos gastos públicos com eventos sazonais, que, embora importantes culturalmente, não estão acima da lei.
Resta saber se o MP vai puxar a corda dessa fogueira jurídica — ou se tudo vai acabar em forró, fumaça e farra com o chapéu alheio.
Aguardem, meu povo. Porque até agora, só quem dançou foi a leglalidade.
Por Navalhada/Com informações do instagram do vereador João Feipe.
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