As cotações do café registraram quedas expressivas nas bolsas internacionais nas primeiras horas desta segunda-feira (12), refletindo o movimento de ajustes e a elevada volatilidade no mercado futuro. A pressão vem principalmente da entrada da nova safra brasileira, em meio a estoques globais historicamente baixos e incertezas quanto ao equilíbrio entre oferta e demanda no curto prazo.
Segundo relatório da consultoria Pine Agronegócios, a chegada da produção brasileira tem influenciado diretamente o comportamento dos preços. A dinâmica atual é marcada por níveis baixos de estoque global, o que mantém os preços do café dentro de uma faixa indefinida e dificulta projeções para o curto prazo.
Estimativas da Conab elevam as dúvidas sobre superávit
Na semana passada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o segundo levantamento da safra 2024/2025, estimando uma produção de 55,68 milhões de sacas de café no Brasil. No entanto, de acordo com a Pine Agronegócios, mesmo com esse volume expressivo, os números ainda não são suficientes para garantir um superávit, considerando a demanda por exportação e o consumo interno projetado.
Estoques de passagem preocupam o mercado interno
O Escritório Carvalhaes, em seu boletim semanal, reforçou a preocupação dos agentes com os baixos estoques no Brasil. Segundo a análise, os armazéns estão praticamente vazios, e o estoque de passagem até junho — fim da atual temporada — pode ser um dos mais baixos dos últimos anos, intensificando a instabilidade do mercado.
Quedas nos contratos futuros em Nova York e Londres
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos futuros de café arábica apresentaram forte recuo por volta das 9h (horário de Brasília):
Maio/25: queda de 65 pontos, a 397,15 cents/lbp;
Julho/25: recuo de 575 pontos, a 382,00 cents/lbp;
Setembro/25: baixa de 565 pontos, a 376,80 cents/lbp;
Dezembro/25: desvalorização de 530 pontos, a 369,75 cents/lbp;
Em Londres, o mercado de café robusta também registrou perdas:
Maio/25: queda de US$ 34, cotado a US$ 5.201/tonelada;
Julho/25: baixa de US$ 79, a US$ 5.147/tonelada;
Setembro/25: recuo de US$ 75, a US$ 5.106/tonelada;
Novembro/25: desvalorização de US$ 80, negociado a US$ 5.042/tonelada.
Perspectivas continuam voláteis
Com o início da colheita no Brasil e os estoques apertados, o mercado segue sensível a qualquer novo dado sobre produção e consumo. A tendência é de que a volatilidade continue nas próximas semanas, à medida que o mercado reage a informações atualizadas de safras, exportações e estoques.
Fonte: Portal do Agronegócio.
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