Na sessão desta terça-feira, 8 de abril, a vereadora Carmélia da Mata subiu à tribuna da Câmara Municipal de Barreiras e fez um discurso contundente que escancarou o que chamou de "invisibilidade institucional" enfrentada pelos idosos do município. Com tom firme, a edil afirmou: “Um governo que não cuida de seus idosos, nega o seu passado.” A frase, carregada de crítica e reflexão, levanta um questionamento essencial: é isso que está acontecendo em Barreiras?
Carmélia trouxe à luz o abandono do programa "Idade Viva", que, segundo ela, está paralisado há mais de quatro meses. Criado para promover atividades de lazer, integração e cuidados com a saúde da população idosa, o programa vinha sendo referência na valorização da terceira idade — até cair no silêncio da omissão.
Mais do que cobrar a retomada das ações, a vereadora foi incisiva ao criticar a incoerência do atual governo municipal, que insiste em se apresentar como a continuação da gestão anterior, mas, segundo ela, ignora legados que deveriam ser preservados. “O abandono está diante dos olhos de todos”, disse, referindo-se não apenas ao "Idade Viva", mas a toda uma política pública que, na prática, parece ter deixado os idosos à margem.
A fala de Carmélia acende um alerta importante: até que ponto Barreiras tem se preocupado com a dignidade e com bem-estar daqueles que ajudaram a construir a cidade?
O descaso com os idosos não é apenas uma falha administrativa — é uma agressão ao passado coletivo, à memória viva de uma comunidade.
Em tempos de promessas e planos para o futuro, talvez seja hora de olhar com mais atenção para quem já percorreu boa parte do caminho. Afinal, o respeito ao idoso é também um compromisso com a nossa própria história.
Por F. Silva.
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