Nesta semana, o prefeito de Barreiras, Otoniel Teixeira, anunciou com grande entusiasmo a construção de 500 novas casas populares no município. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais (instagram), o prefeito aparece sorridente, destacando que os beneficiados poderão dizer com orgulho: "Minha Casa!". No entanto, a empolgação do gestor parece ter ofuscado um detalhe essencial: a frase completa, que deveria ser "Minha Casa, Minha Vida". Seria im simples "descuido" na fala ou um apagamento estratégico do programa federal que, de fato, viabilizará essas moradias.
O Programa Minha Casa, Minha Vida é uma iniciativa do governo federal, do governo Lula, contando com financiamento da Caixa Econômica e a iniciativa de uma construtora privada... isso no caso de Barreiras. Ainda que o município tenha sua parcela de contribuição na implementação do projeto, seria desonesto insinuar que a administração municipal estaria erguendo essas residências de forma autônoma como pareceu inicialmente no anúncio.
O tom da divulgação poderia ter induzido o público ao erro, levando os cidadãos a crerem que os recursos seriam próprios do município e os esforços viriam exclusivamente da prefeitura, quando na realidade se trata de um programa nacional, cuja execução depende, em grande parte, de políticas e investimentos federais.
Esse tipo de discurso, omitindo algumas informações minimizaria a participação do governo federal, o que em muitos casos tem se tornado um artifício recorrente em diversas administrações locais pelo Brasil - o que não deve ser o nosso caso, claro!
A estratégia de alguns políticos é simples: capitalizar sobre iniciativas federais, apropriando-se dos projetos como se fossem realizações exclusivas do gestor municipal. Tal prática não apenas desinforma a população, mas também revela a necessidade desesperada de governantes em criar uma imagem de eficiência e protagonismo onde, na verdade, há apenas o cumprimento burocrático de um programa já estabelecido, um papel coadjuvante.
É imprescindível que os cidadãos estejam atentos a essas estratégias de marketing político. O direito à moradia é uma conquista coletiva, resultado de políticas públicas de alcance nacional, e não um presente concedido por prefeitos ou governadores de plantão.
Ao invés de celebrar um feito que não lhe cabe, a gestão municipal deveria focar em garantir que a infraestrutura dessas novas moradias seja adequada, que haja serviços públicos suficientes para os futuros moradores e que a seleção dos beneficiários ocorra de forma transparente e justa.
Em suma, o anúncio do prefeito Otoniel Teixeira careceu inicialmente de mais clareza ao não expor explicitamente a real fonte do financiamento das casas populares.
Espera-se que os futuros moradores possam, sim, dizer "Minha Casa", mas que também saibam que esse direito lhes foi garantido por uma política pública de caráter nacional, e não por um gestor local - méritos a quem os têm!
O evento da prefeitura municipal de Barreiras para a assinatura de autorização foi adiado, assim como os cards e discursos dos gestores foi flexibilizado - e é assim que tem que ser! e na próxima sexta-feira, 21 de março, às 17 horas, o evento acontecerá ao lado da SEMEI Rosália Silva de Carvlaho, no bairro Vila Amorim - porém, o evento precisa de mais publicidade por parte da administração municipal para dar mais condições de igualdade ao povo.
Fonte: Da Redação do 40 Graus.
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