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PGR pede condenação de sete réus do “núcleo 4” por tentativa de golpe de Estado de 8 de Janeiro

Grupo formado por militares do Exército e um agente da PF é acusado de difundir desinformação e articular uma “Abin paralela” para atacar instituições

15/10/2025 10h51
Por: F. Silva Fonte: Com informações do Portal Meio Norte
PGR pede condenação de sete réus do “núcleo 4” por tentativa de golpe de Estado de 8 de Janeiro

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, pediu nesta terça-feira (14) a condenação dos sete réus do chamado “núcleo 4”, grupo acusado de participar da tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

A denúncia envolve seis militares do Exército e um agente da Polícia Federal (PF), apontados por promover uma campanha de desinformação e por atuar dentro da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espalhar informações falsas sobre instituições brasileiras.

Segundo Gonet, o grupo tinha como objetivo provocar instabilidade social e, assim, justificar uma intervenção federal que culminaria em um golpe de Estado.

Os réus são:
Ailton Moraes Barros (ex-major do Exército);
Ângelo Denicoli (major da reserva);
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal – IVL);
Giancarlo Rodrigues (subtenente);
Guilherme Almeida (tenente-coronel);
Marcelo Bormevet (agente da PF); e
Reginaldo Abreu (coronel do Exército).

Eles respondem pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento do grupo ocorre na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e integra a divisão dos acusados em núcleos, conforme suas funções durante os atos golpistas.

De acordo com o PGR, o “núcleo 4” teria utilizado a ferramenta FirstMile, da Abin, para rastrear a localização geográfica de autoridades e aliados do governo Lula, criando o que ele chamou de uma “Abin paralela” voltada a perseguir adversários políticos.

“Os réus propagaram sistematicamente notícias falsas sobre o processo eleitoral e atacaram virtualmente instituições e autoridades que ameaçavam os interesses da organização criminosa”, afirmou Gonet durante o julgamento.

A PGR também destacou que o Instituto Voto Legal (IVL) produziu um relatório distorcido sobre as urnas eletrônicas, encomendado pelo Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segundo Gonet, o documento foi usado para sustentar uma narrativa falsa e descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro.

Com informações do Portal Meio Norte.

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