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Polícia MP

MP denuncia ex-diretora de presídio de Eunápolis e aponta envolvimento com facções, corrupção e romance com preso

Ex-diretora é acusada de receber R$ 1,5 milhão da facção Primeiro Comando de Eunápolis por facilitar fuga em massa e usar identidade falsa para ocultar envolvimento com o crime organizado.

04/07/2025 09h14
Por: F. Silva Fonte: Com informações do BNews
MP denuncia ex-diretora de presídio de Eunápolis e aponta envolvimento com facções, corrupção e romance com preso

O Ministério Público da Bahia (MP-BA), apresentou denúncia contra Joneuma Silva Neres, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, acusada de participar diretamente da fuga de 16 detentos da cela 44, ocorrida em 12 de dezembro de 2024.

A investigação revelou um esquema criminoso envolvendo servidores públicos e integrantes da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE).

Segundo os autos, Joneuma teria recebido cerca de R$ 1,5 milhão como compensação por facilitar a fuga dos presos, conceder regalias aos líderes da facção e se omitir diante das práticas ilegais dentro da unidade prisional.

A denúncia detalha que a ex-diretora mantinha um relacionamento amoroso com Ednaldo “Dada”, líder do PCE, e que ambos planejavam fugir para o Rio de Janeiro, onde contariam com a proteção do Comando Vermelho (CV) — facção aliada ao grupo criminoso baiano.

Para executar as ações ilícitas e despistar investigações, Joneuma utilizava uma identidade falsa, registrada como Barbara Thais de Jesus Ramos. Em sua posse, a polícia encontrou documentos falsificados, anotações, aparelhos celulares e comprovantes de transações financeiras, que evidenciam o vínculo direto com o fluxo de recursos do grupo criminoso.

A denúncia do MP-BA descreve um esquema complexo e bem estruturado, com clara divisão de tarefas entre detentos, lideranças da facção e servidores públicos corrompidos. Joneuma foi presa em 24 de janeiro deste ano, já grávida, e atualmente cumpre prisão preventiva no Conjunto Penal de Itabuna, onde permanece com o bebê, que nasceu prematuramente.

O caso segue em tramitação na Justiça e expõe as fragilidades do sistema prisional diante da infiltração de organizações criminosas em estruturas institucionais.

Com informações do BNews.

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