De acordo com informações preliminares, o jovem estava praticando skate quando foi cercado por um grupo armado. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que os criminosos o abordam e tomam seu celular. Após vasculhar o aparelho, os suspeitos alegaram que Felipe participava de um grupo no WhatsApp vinculado a uma facção rival.
Em seguida, o adolescente foi perseguido e executado em um beco próximo. A brutalidade do crime chocou moradores da região e gerou comoção nacional.
Segundo o pai da vítima, Marcos Henrique, Felipe era estudante, não tinha qualquer envolvimento com o crime e participava de campeonatos de skate. “Meu filho era um menino bom, focado no esporte. Nunca teve relação com o crime”, afirmou emocionado.
A Polícia Civil do Ceará informou que um homem de 24 anos foi preso por suspeita de envolvimento na morte do adolescente. O caso está sendo investigado pelo 1º Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em nota de pesar, a Federação Piauiense de Skateboard lamentou profundamente o assassinato de Felipe, que chegou a subir ao pódio durante a Seletiva Nordestina da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), realizada em 2022, em Teresina.
“Hoje, Felipe se soma às estatísticas cruéis de um país que falha com sua juventude. Em menos de seis meses, é o segundo jovem skatista assassinado no Ceará. Nas comunidades, onde o Estado não chega, os jovens vivem entre a opressão das forças de segurança e a ameaça das facções. Mesmo sem envolvimento, o risco é diário. Basta morar no ‘lugar errado’. O skate salva. O skate transforma. Mas não basta”, diz o comunicado.
O crime reacende o debate sobre a vulnerabilidade da juventude periférica no Brasil e a urgência de políticas públicas que assegurem segurança, educação e acesso à cultura e ao esporte.
Com informações do BNews.
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