O ex-campeão do UFC, BJ Penn, foi oficialmente obrigado a deixar a casa que dividia com a mãe, Lorraine Shin, no Havaí, após uma decisão judicial emitida na última terça-feira (11). A juíza responsável pelo caso estendeu uma ordem de restrição temporária contra o ex-lutador, válida até 23 de novembro, com o objetivo de proteger Shin diante de um histórico de comportamentos agressivos e preocupantes atribuídos a Penn.
Segundo documentos obtidos pelo site MMA Fighting, o ex-lutador de 46 anos deve manter uma distância mínima de 30 metros da mãe, de sua residência e de seu local de trabalho. A decisão judicial ainda determina que, em caso de encontros acidentais, Penn deve se afastar imediatamente.
A medida foi motivada por um relato de abusos psicológicos intensos feitos por Shin, que afirmou ter sofrido com atitudes perturbadoras do filho. Entre os episódios mais graves, ela o acusou de ter sabotado o cadeado da porta com cola, roubado correspondências e impedido que ela acionasse a polícia, ao supostamente cegá-la com uma lanterna. Em outro caso, teria sido empurrada contra um carro por Penn ao tentar recuperar cartas em posse de amigos dele.
De acordo com o depoimento, BJ Penn teria sido preso três vezes em apenas seis dias — duas por agressão a um membro da família e outra por violar medidas judiciais anteriores. Além disso, Shin revelou que o ex-lutador sofre de síndrome de Capgras, um distúrbio psiquiátrico raro no qual a pessoa acredita que entes queridos foram substituídos por impostores.
“No melhor interesse pela minha segurança, peço ao tribunal uma ordem de restrição de seis meses e que meu filho seja obrigado a receber tratamento médico ou outra forma de terapia”, declarou Shin durante a audiência.
A saúde mental de Penn tem sido motivo de preocupação nos últimos anos, com diversos episódios de violência doméstica e publicações erráticas nas redes sociais.
Uma nova audiência foi marcada para 24 de junho, enquanto o ex-campeão segue proibido de manter qualquer contato com a mãe e enfrenta crescente pressão pública e judicial para iniciar tratamento psicológico.
Com informações da Tatame Notícias.
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