“Caçada Internacional: Lewandowski Exige Que Itália Entregue Carla Zambelli ao Brasil!”

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira (13), que o governo brasileiro espera que a Itália extradite “o mais breve possível” a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), caso seja confirmado que ela está em território italiano.

Segundo o ministro, há informações sobre o paradeiro da parlamentar, e o processo de extradição deve seguir os trâmites previstos no tratado de cooperação firmado entre Brasil e Itália. “Já existe alguma ideia de onde ela esteja, e imaginamos que ela em breve será extraditada. Existem precedentes fortes de cooperação entre os dois países, Brasil e Itália. Nós temos um tratado de cooperação”, declarou Lewandowski durante seminário sobre segurança pública.

O ministro também esclareceu que a dupla nacionalidade não impede a extradição, considerando os termos do acordo bilateral. “A dupla nacionalidade, tendo em conta aquilo que se encontra consignado no tratado, não impede a extradição, até porque, ao contrário do que acontece com a Constituição brasileira, a Constituição italiana não impede que cidadãos italianos sejam extraditados.”

Para reforçar seu posicionamento, Lewandowski citou o caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti como exemplo de reciprocidade entre os países. Condenado na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, Battisti viveu por anos no Brasil, onde obteve asilo do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2010, no último dia de seu mandato.

Battisti havia chegado ao Brasil em 2004 após fugir da França e foi preso em 2007, no Rio de Janeiro. Cumpriu prisão preventiva na penitenciária da Papuda, em Brasília, até a concessão de asilo. Em 2018, o então presidente Michel Temer (MDB), revogou a decisão de Lula e, com aval do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a extradição do italiano. Battisti, no entanto, fugiu do país e foi capturado na Bolívia, em Santa Cruz de La Sierra, em janeiro de 2019. Como sua entrada no território boliviano foi considerada ilegal, ele foi expulso e entregue às autoridades italianas.

Posteriormente, Lula admitiu arrependimento por ter negado a extradição de Battisti. Em 2020 e novamente em 2021, o petista reconheceu que teria agido de forma diferente se tivesse à época uma visão mais clara sobre o caso.

Lewandowski concluiu destacando a expectativa de reciprocidade: “Como impera o princípio da reciprocidade, nós esperamos que o governo italiano extradite essa senhora para o Brasil o mais brevemente possível.”

Com informações do Bnews.