Religiosa, bondosa, respeitada e dedicada à família — é assim que familiares e amigos de Matão (SP), se lembram de Deodata de Almeida Santos. A aposentada foi brutalmente assassinada no último domingo (8), em um crime que chocou a cidade.
O principal suspeito é o próprio filho, Walter Ribeiro dos Santos, que, segundo a Polícia Militar, estaria em surto no momento do ataque.
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime aconteceu por volta das 18h, no bairro Alto. A Polícia Militar foi acionada por vizinhos após Walter ser visto em frente à residência portando um pé-de-cabra e um machadinho, alegando ter matado a mãe.
Ao chegarem ao local, os policiais o encontraram sentado na calçada, segurando as ferramentas. Após se recusar a soltá-las, ele foi contido.
Dentro da casa, os agentes encontraram Dona Deodata caída na sala, com sangramento intenso na cabeça e sinais de respiração fraca. Ela apresentava lesões na orelha, nuca, rosto e braços. A vítima foi entubada por uma equipe do SAMU e levada ao Pronto-Socorro Municipal, mas já chegou sem vida.
O Instituto de Criminalística realizou perícia no local. Ferramentas como o pé-de-cabra e o machadinho foram apreendidas, e o caso foi registrado como homicídio. Walter foi encaminhado à cadeia de Santa Ernestina (SP), onde permanece à disposição da Justiça.
Moradora antiga do bairro Alto, Dona Deodata era conhecida desde a juventude pela venda de roupas na região. Já aposentada, dedicava-se integralmente ao cuidado dos dois filhos com quem morava. Ela também era muito ativa na igreja Congregação Cristã no Brasil, onde era querida entre os fiéis e recebia visitas constantes.
Nos últimos meses, Dona Deodata usava andador devido a uma fratura no fêmur e contava com auxílio de uma cuidadora. Apesar da limitação física, mantinha a saúde estável e o bom humor. Segundo uma amiga próxima, que preferiu não se identificar, Walter enfrentava sérios problemas psiquiátricos, com histórico de internações e episódios de agressividade — inclusive contra o próprio irmão, que não estava em casa no momento do crime.
“Ela se preocupava muito com ele. Sempre viveu ao lado dele, cuidando com paciência. Estava sempre sorrindo… Como dizem, mãe é mãe, né? Sempre firme, mesmo diante de tudo”, relatou a amiga emocionada.
O corpo de Dona Deodata foi sepultado na tarde de segunda-feira (9), no Cemitério Municipal de Matão.
Com informações do Portal Meio Norte.
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