O estado de saúde do senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, permanece gravíssimo após ter sido baleado na cabeça e na coxa durante um comício no último sábado (7), em Bogotá. Um novo boletim médico divulgado nesta segunda-feira (9), pelo Hospital Santa Fé da capital informou que o político apresentou "pouca resposta" ao tratamento médico até o momento.
“O paciente continua em estado crítico e teve resposta limitada às intervenções realizadas”, afirmou Adolfo Llinás Volpe, diretor médico da instituição.
Uribe foi atingido enquanto discursava em uma rua do bairro Fontibón, zona oeste da capital colombiana. Submetido a cirurgias emergenciais na madrugada de domingo (8), o político foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e teve seu quadro classificado como de "máxima gravidade".
O governo colombiano anunciou uma recompensa de US$ 729 mil (cerca de R$ 4 milhões), por informações que levem aos responsáveis pelo ataque. Um adolescente de 15 anos foi apreendido no local com uma arma de fogo, mas as autoridades suspeitam que o atentado tenha sido planejado por um grupo criminoso ou político.
Mais de cem investigadores da polícia foram mobilizados para apurar o caso, que reacendeu o alerta para a violência política no país. No domingo, centenas de apoiadores de Uribe realizaram manifestações em Bogotá em protesto e solidariedade ao político ferido.
Miguel Uribe é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín na década de 1990. O atentado contra ele provocou forte repercussão nacional e internacional.
O presidente Gustavo Petro determinou uma investigação rigorosa e afirmou, em comunicado oficial, que o atentado “fere não apenas a integridade do senador, mas também a democracia e a liberdade política”.
O partido Centro Democrático, ao qual Uribe é filiado, classificou o ataque como “um ato de violência inaceitável”. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, repudiou o atentado e manifestou confiança no trabalho das autoridades colombianas. Os Estados Unidos também se posicionaram: o secretário de Estado Marco Rubio condenou o episódio "nos termos mais fortes possíveis".
A Colômbia possui um histórico marcado por violência contra líderes políticos. Nos últimos 50 anos, três candidatos presidenciais foram assassinados: Luis Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa (1990) e Carlos Pizarro Leongómez (1990). O ex-presidente Álvaro Uribe também sobreviveu a tentativas de assassinato durante sua trajetória política.
O atentado contra Miguel Uribe Turbay reforça os desafios enfrentados pela democracia colombiana e evidencia a urgência por segurança nas campanhas eleitorais.
Com informações Do Portal Meio Norte.
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