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Polícia Federal prende 'Tuta' na Bolívia, o novo líder do PCC, o No

Capturado na Bolívia com apoio internacional, Tuta é apontado como sucessor de Marcola e liderança máxima do PCC fora dos presídios.

17/05/2025 09h52
Por: F. Silva Fonte: Portal Meio Norte
Polícia Federal prende 'Tuta' na Bolívia, o novo líder do PCC, o No

A Polícia Federal (PF), prendeu nesta sexta-feira (16), em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, apontado como o novo número 1 do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele teria sido indicado pelo próprio Marcola, ex-chefe da facção criminosa, como seu sucessor.

Foragido da Justiça brasileira, Tuta foi capturado com o apoio da Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen, da Bolívia. A prisão ocorreu após ações de cooperação internacional e intensificação das buscas, já que o criminoso estaria incluído na Lista de Difusão Vermelha da Interpol, segundo informou a PF em nota oficial.

De acordo com a corporação, Tuta já foi condenado por crimes como associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que ultrapassam 12 anos de reclusão. Ele era um dos principais alvos da Operação Sharks, deflagrada em 2020, que investigou o alto escalão do PCC.

À época da operação, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), já havia confirmado que Tuta havia assumido o comando da facção após a transferência de Marcola para um presídio federal, ocorrida em fevereiro de 2019.

“Marcos Roberto, o Tuta, já fazia parte da chamada Sintonia Final, mas não era o líder máximo. Com a remoção de Marcola, ele foi nomeado pelo próprio Marcola para assumir o posto de número 1 do PCC, tanto dentro quanto fora dos presídios. É um velho conhecido nosso. Em liberdade, ele alcançou esse status, sendo, na nossa visão, o novo Marcola”, afirmou o promotor Lincoln Gakiya, que acompanha as investigações sobre o crime organizado.

Ainda em 2020, o MP-SP revelou que Tuta ocupava o cargo de adido no consulado de Moçambique em Belo Horizonte (MG) — uma função que, embora diplomática, não pertence à carreira oficial. Isso teria facilitado sua movimentação dentro e fora do Brasil, especialmente no continente africano, onde o PCC possui ramificações.

“Hoje, a liderança da facção não está mais centralizada dentro dos presídios, mas sim nas ruas”, destacou Gakiya. As investigações também apontam possíveis conexões de Tuta com o Paraguai, a Bolívia e países africanos, regiões nas quais a facção mantém atividades ligadas ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

A prisão de Tuta representa um duro golpe na cúpula do PCC e reforça a atuação conjunta entre países no combate ao crime organizado. 

Do Meio Norte.

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