Após anos de especulações e negociações, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), anunciou nesta segunda-feira (12), a contratação de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira. O treinador italiano de 65 anos, multicampeão por alguns dos maiores clubes do mundo, assinou contrato até o final da Copa do Mundo de 2026.
O anúncio oficial foi feito pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que celebrou a chegada de Ancelotti como um marco na história do futebol brasileiro.
“Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio”, afirmou Rodrigues.
Ancelotti estreia já na próxima Data Fifa, quando a Seleção enfrentará Equador (fora de casa) e Paraguai (em casa), pelas Eliminatórias da Copa. O Brasil, vale lembrar, ainda não tem vaga garantida no próximo Mundial.
O novo técnico se reunirá nos próximos dias com Rodrigo Caetano, coordenador geral das Seleções Masculinas, e Juan, coordenador técnico, para definir a lista de convocados. Os nomes serão anunciados no dia 26.
A chegada de Ancelotti marca o fim de uma breve lacuna no comando técnico da Seleção, que estava sem treinador desde a demissão de Dorival Júnior em 28 de março, após a goleada sofrida diante da Argentina.
Além disso, o italiano quebra um jejum de quase 60 anos sem que um estrangeiro comande a equipe nacional. O último havia sido o argentino Filpo Núñez, em 1965, em um amistoso contra o Uruguai. Antes dele, o Brasil também foi dirigido pelos estrangeiros Ramón Platero (Uruguai) e Joreca (Portugal).
O nome de Carlo Ancelotti era o preferido da CBF desde 2023. Com dúvidas sobre quem substituiria Tite, o presidente Ednaldo Rodrigues chegou a anunciar um pré-acordo com o italiano para que ele assumisse a Seleção após a Copa América de 2024.
Durante esse período, Fernando Diniz comandou a equipe de forma interina, acumulando o cargo com o de treinador do Fluminense. Posteriormente, Dorival Júnior foi efetivado, mas os resultados ruins impediram sua consolidação no cargo.
A eliminação do Real Madrid na Liga dos Campeões e a perda de força no Campeonato Espanhol deixaram Ancelotti vulnerável no clube merengue, que já via Xabi Alonso como possível substituto. Com isso, a CBF retomou as conversas com o italiano, deixando de lado outras opções, como o português Jorge Jesus. A negociação foi concluída com poucos entraves.
Carlo Ancelotti não precisa de grandes apresentações. Maior campeão da Champions League, com cinco títulos, e único técnico a conquistar as cinco principais ligas da Europa (Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha), ele comandou clubes históricos como Milan, Chelsea, PSG, Bayern de Munique e Real Madrid.
No Milan, viveu talvez seu período mais emblemático, entre 2001 e 2009. Comandou um elenco estrelado — que incluía Kaká, Maldini, Pirlo, Seedorf, Dida, Cafu, entre outros — e venceu duas Champions League, transformando o clube em referência no futebol europeu.
Em 2013, foi ao Real Madrid com a missão de conquistar a sonhada "La Décima", o décimo título europeu do clube, o que conseguiu logo em sua primeira temporada. Após passagens por Bayern, Napoli e Everton, retornou ao Real em 2021, onde voltou a levantar a Champions League e todos os demais títulos possíveis, tornando-se o técnico mais vitorioso da história do clube.
Antes de brilhar à beira do campo, Ancelotti também teve uma carreira notável como jogador. Foi um meio-campista cerebral, com passagens por Parma, Roma e Milan. Como atleta, conquistou duas Champions League e teve como capítulo final da carreira um amistoso contra o Brasil, em 1992.
Pouco depois, iniciou a carreira de técnico como auxiliar da seleção italiana, participando da campanha do vice-campeonato na Copa de 1994, justamente perdida para o Brasil, nos pênaltis.
Agora, Ancelotti tem diante de si o desafio de comandar a Seleção Brasileira e encerrar um jejum de 24 anos sem título mundial — desde o penta, conquistado em 2002.
“O impacto de Ancelotti vai além de resultados; ele é um estrategista que transforma equipes em lendas. O Brasil, com sua tradição única, e Ancelotti, com sua visão revolucionária, formarão uma parceria que vai entrar para a história”, declarou Ednaldo Rodrigues.
O Brasil une, assim, sua camisa cinco vezes campeã do mundo a um técnico com currículo inigualável, numa parceria que promete escrever novos e gloriosos capítulos na história do futebol.
Com informações da CNN Brasil.
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