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Mototaxista revela detalhes de entrega de ovo de Páscoa envenenado que matou duas crianças no MA

O mototaxista colaborou com a polícia após perceber a ligação entre a entrega e o envenenamento - a suspeita foi presa com perucas e substância tóxica usada em agrotóxicos.

09/05/2025 05h07
Por: F. Silva Fonte: G1 Maranhão
Mototaxista revela detalhes de entrega de ovo de Páscoa envenenado que matou duas crianças no MA

O mototaxista responsável por entregar o ovo de Páscoa que resultou na morte de duas crianças em Imperatriz (MA), falou com exclusividade ao Fantástico e deu detalhes sobre as instruções recebidas de Jordélia Pereira Barbosa, principal suspeita de ter envenenado os doces.

Segundo o mototaxista, que preferiu não se identificar, Jordélia forneceu todas as informações necessárias para a entrega. “Deu o endereço certinho, o número da casa, a referência, o nome da rua, tudo certinho. O nome da pessoa. E ela ainda falou assim: ‘Quando você chegar lá, pode perguntar pela Mirian’”, relatou.

Após a repercussão do caso, o mototaxista ligou os pontos ao se lembrar da entrega. “Uns amigos meus começaram a falar que tinha uma criança vítima do envenenamento de chocolate. Ao perceber que eu tinha feito uma entrega no bairro Mutirão, logo procurei a Polícia para esclarecer e falar o que tinha acontecido", afirmou.

Fuga e prisão da suspeita

Após o crime, Jordélia fugiu do hotel onde estava hospedada. A polícia então passou a monitorar o percurso de um ônibus interestadual e conseguiu prendê-la na quinta-feira, nas proximidades da cidade de Santa Inês, onde ela reside. Com ela, foram encontradas perucas e chocolate granulado, que, segundo os investigadores, foram usados para disfarçar o sabor do veneno.

Em depoimento, Jordélia confessou ter comprado e enviado os ovos de Páscoa para Mirian, mãe das vítimas, mas negou ter colocado veneno. Disse apenas que queria "desejar uma Feliz Páscoa".

Entretanto, a delegada responsável pelo caso afirma que há indícios claros de premeditação. “É possível notar essa premeditação do crime, em especial dos recheios que foram apreendidos com ela guardados, os quais ela mesma confessa no interrogatório que preparou na cidade de Santa Inês e os levou prontos para a cidade de Imperatriz", declarou.

Durante a revista em sua bagagem, os peritos encontraram uma substância altamente tóxica, usada em alguns tipos de agrotóxicos e raticidas.

Crime e motivação

As investigações apontam que Jordélia agiu com dolo direto, ou seja, com intenção deliberada de matar. O alvo do envenenamento seria Mirian, mãe das crianças. Para o Ministério Público, o crime foi motivado por vingança, o que caracteriza motivo torpe.

Se condenada, Jordélia poderá pegar de 12 a 30 anos de prisão por cada um dos crimes cometidos.

A defesa da acusada afirmou que os fatos serão esclarecidos no curso do processo judicial e que Jordélia nega ter praticado o crime de envenenamento.

Com informações do G1 Marnahão.

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