O governo federal acendeu um sinal de alerta após dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontarem um aumento expressivo no desmatamento da Amazônia no mês de abril. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (8), pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), a supressão florestal cresceu 55% em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar de o acumulado entre agosto de 2024 e abril de 2025 ainda registrar uma queda de 5% em comparação com o mesmo intervalo anterior, o repique de alta observado em abril preocupa autoridades ambientais e pode indicar uma possível reversão da tendência de queda.
“Estamos identificando uma possível reversão na curva. Abril foi um mês atípico, com aumento significativo. Convocamos os órgãos para, em duas semanas, identificar os principais focos e vetores e fazer os ajustes necessários”, afirmou João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Diante do cenário, o MMA mobilizou seus órgãos técnicos e convocou uma reunião emergencial da Comissão Interministerial de Prevenção e Controle do Desmatamento para traçar medidas de resposta imediata. Segundo o Inpe, os estados mais afetados pelos novos alertas foram Amazonas, Mato Grosso e Pará — áreas historicamente pressionadas por atividades ilegais.
A ministra Marina Silva destacou que, embora o saldo acumulado ainda seja positivo, o cenário exige vigilância contínua. “Nosso compromisso é com uma queda consistente e duradoura do desmatamento. Não queremos esperar o fechamento da taxa anual para agir”, reforçou.
Para o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento, André Lima, o monitoramento em tempo real é uma ferramenta crucial para respostas rápidas. “Podemos estar diante de um pico pontual ou de uma tendência. Precisamos agir antes que se consolide”, alertou.
Da redação do 40 Graus.
Mín. 17° Máx. 31°
Mín. 19° Máx. 33°
Tempo limpoMín. 20° Máx. 33°
Parcialmente nublado