As exportações brasileiras para os Estados Unidos atingiram US\$ 3,57 bilhões (cerca de R\$ 20,52 bilhões) em abril de 2025, um salto de 21,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O crescimento ocorreu mesmo com a imposição de tarifas pelo governo do presidente Donald Trump.
No mesmo período, as importações brasileiras provenientes dos EUA chegaram a US$ 3,79 bilhões (R$ 21,79 bilhões), uma alta de 14% na comparação anual. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), nesta quarta-feira (7).
Herlon Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, atribuiu o aumento das exportações a uma possível antecipação de compras por parte dos importadores americanos, em meio à incerteza sobre futuras medidas tarifárias. “Há um cenário de incerteza para os importadores dos Estados Unidos, que temem retaliações ou novos aumentos tarifários de outros países”, afirmou.
Entre os produtos mais exportados ao mercado norte-americano estão óleos brutos de petróleo, café não torrado, aeronaves e carne bovina. As exportações de carne bovina, em especial, dispararam mais de 1.000%.
Em contraste, os produtos atingidos diretamente pelo tarifaço — como aço e alumínio, que passaram a pagar tarifas de 25% desde março — registraram quedas significativas: 23,2% e 73%, respectivamente.
Já as exportações brasileiras para China, Hong Kong e Macau somaram US$ 9,02 bilhões (R$ 51,86 bilhões), em abril, uma queda de 6,7%. As importações desses destinos, no entanto, cresceram 7,7%, totalizando US\$ 5,10 bilhões (R\$ 29,32 bilhões).
No cenário geral, a balança comercial brasileira fechou abril com superávit de US\$ 8,15 bilhões, resultado de exportações de US$ 30,41 bilhões e importações de US$ 22,26 bilhões.
No acumulado entre janeiro e abril, o superávit somou US\$ 17,73 bilhões, representando uma queda de 34,2% em relação ao mesmo período de 2024, puxada pelo crescimento das importações (10,4%) e uma leve retração nas exportações (0,7%).
Apesar dos resultados, Brandão ressalta que ainda é cedo para medir os impactos estruturais do tarifaço na balança comercial do país. “É necessário mais tempo para uma análise mais precisa dos efeitos dessas medidas”, concluiu.
Com informações do BNews.
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