Na noite da última quarta-feira, 30 de abril, a Câmara Municipal de Barreiras, conhecida como "Casa do Povo", ficou completamente lotada durante uma audiência pública que teve como tema central a saúde do município. O evento, convocado pela nova Mesa Diretora da Casa, presidida pelo vereador Yure Ramon, demonstrou o esforço da atual gestão legislativa em democratizar os debates e abrir espaço para os principais temas que afetam diretamente a vida dos barreirenses.
A saúde pública, considerada por muitos como o "calcanhar de Aquiles" das últimas administrações, voltou ao centro das discussões. Durante os oito anos de gestão do ex-prefeito Zito Barbosa, a área foi alvo de diversas críticas — e, até o momento, a atual administração, comandada por Otoniel Teixeira, ainda não conseguiu reverter esse cenário.
Estiveram presentes à audiência grande parte dos vereadores da cidade, além da secretária municipal de Saúde, Larissa, que representou o Poder Executivo. Representantes da Defensoria Pública, do Hospital do Oeste (HO), e o representante do Governo do Estado, Juca Galvão, também participaram. Galvão teve papel importante ao esclarecer diversas dúvidas e rebater o que classificou como “falácias cristalizadas” no discurso de alguns agentes políticos locais.
O encontro foi marcado por debates acalorados e momentos de forte emoção. Em meio a críticas contundentes vindas de todos os lados, a secretária Larissa se emocionou, gnahando o paauso dos servidores da saúde e de mais algumas pessoas que estavam presente.
Apesar das da voz embargada e dos olhos marejados, ela manteve a postura educada, firme em alguns pontos, mas visivelmente pressionada diante das cobranças da população. A secretária alegou uma saúde subfinanciada como principal obstáculo para promover melhorias no setor.
Ainda assim, a audiência revelou um sentimento generalizado de insatisfação popular. Moradores cobraram uma saúde mais humanizada e eficiente. Embora vereadores e demais participantes tenham reconhecido o empenho pessoal da secretária, sua disponibilidade e preparo técnico, a pergunta que ficou no ar foi: será isso suficiente?
A dúvida mais levantada durante o evento foi se Larissa realmente tem autonomia e “a caneta na mão” para promover as mudanças que a população espera. Diante de tantas reclamações e promessas, ficou evidente que a saúde de Barreiras ainda clama por atenção, planejamento e, sobretudo, ação.
Ao final, a audiência pública cumpriu seu papel de dar voz ao povo — e, como diz o ditado, “a voz do povo é a voz de Deus”.
Por F. Silva.
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