O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta sexta-feira (8), um suplemento do Censo 2022, destacando a Rocinha como a maior favela do Brasil, com 72.021 moradores. Localizada na zona sul do Rio de Janeiro, a Rocinha se destaca pela população, que a tornaria a 459ª maior cidade do país, superando 5.112 dos 5.570 municípios brasileiros.
O levantamento demográfico identificou, ao todo, 16.390.815 habitantes vivendo em 12.348 favelas distribuídas por 656 municípios brasileiros. As favelas foram caracterizadas pelo IBGE como áreas urbanas com insegurança jurídica da posse, infraestrutura pública precária ou incompleta, padrões urbanísticos irregulares e ocupação de áreas com restrição ou risco ambiental.
As 20 maiores favelas do Brasil concentram cerca de 858,6 mil moradores, representando 5,2% da população total residente em comunidades. Entre essas favelas mais populosas, oito estão localizadas na região Norte, sete no Sudeste, quatro no Nordeste e uma no Centro-Oeste.
1) Rocinha - Rio de Janeiro (RJ), 72 021;
2) Sol Nascente - Brasília (DF), 70 908;
3) Paraisópolis - São Paulo (SP), 58 527;
4) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM), 55 821;
5) Rio das Pedras - Rio de Janeiro (RJ), 55 653;
6) Heliópolis - São Paulo (SP), 55 583;
7) Comunidade São Lucas - Manaus (AM), 53 674;
8) Coroadinho - São Luís (MA), 51 050;
9) Baixadas da Estrada Nova Jurunas - Belém (PA), 43 105;
10) Beiru / Tancredo Neves - Salvador (BA), 38 871;
11) Pernambués - Salvador (BA), 35 110;
12) Zumbi dos Palmares/Nova Luz - Manaus (AM), 34 706;
13) Santa Etelvina - Manaus (AM), 33 031;
14) Baixadas da Condor - Belém (PA), 31 321;
15) Colônia Terra Nova - Manaus (AM), 30 142;
16) Jacarezinho - Rio de Janeiro (RJ), 29 766;
17) Vila São Pedro - São Bernardo do Campo (SP), 28 466;
18) Cidade Olímpica - São Luís (MA), 27 326;
19) Chafik / Macuco - Mauá (SP), 26 835;
20) Grande Vitória - Manaus (AM), 26 733.
O suplemento do Censo também traz um ranking das favelas com mais domicílios particulares permanentes ocupados. A Rocinha lidera novamente, possuindo mais que o triplo de domicílios da 20ª colocada, a Colônia Terra Nova, em Manaus. No ranking, apenas três favelas paulistas – Vila São Pedro, Chafik/Macuco e Jardim Oratório – estão fora das capitais.
1) Rocinha - Rio de Janeiro (RJ), 30 371;
2) Rio das Pedras - Rio de Janeiro (RJ), 23 846;
3) Sol Nascente - Brasília (DF), 21 889;
4) Paraisópolis - São Paulo (SP), 21 442;
5) Heliópolis - São Paulo (SP), 20 205;
6) Coroadinho - São Luís (MA), 16 741;
7) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM), 15 872;
8) Beiru / Tancredo Neves - Salvador (BA), 15 618;
9) Comunidade São Lucas - Manaus (AM), 15 469;
10) Pernambués - Salvador (BA), 14 649;
11) Baixadas da Estrada Nova Jurunas - Belém (PA), 13 077;
12) Jacarezinho - Rio de Janeiro (RJ), 10 936;
13) Vila São Pedro – São Bernado do Campo (SP), 10 273;
14) Zumbi dos Palmares/Nova Luz - Manaus (AM), 9 720;
15) Baixadas da Condor - Belém (PA), 9 638;
16) Santa Etelvina - Manaus (AM), 9 301;
17) Jardim Oratório - Mauá (SP), 9 189;
18) Chafik / Macuco - Mauá (SP), 9 158;
19) Cidade Olímpica - São Luís (MA), 8 923;
20) Colônia Terra Nova - Manaus (AM), 8 692.
Curiosamente, o Censo 2022 destacou que não há uma relação direta entre a área territorial das favelas e o número de residentes ou domicílios. Em muitos casos, favelas com maiores extensões territoriais não são as mais populosas. Exemplo disso é a própria Rocinha, que, embora lidere em população e domicílios, não figura entre as 20 maiores favelas em extensão.
1) 26 de Setembro - Brasília (DF), 10,5;
2) Sol Nascente - Brasília (DF), 9,2;
3) Morro da Cruz I e II - Brasília (DF), 5,9;
4) Invasão Água Limpa - Itabirito (MG), 5,7
5) Valéria - Salvador (BA), 5,5;
6) Coroadinho - São Luís (MA), 5,4;
7) Santa Etelvina - Manaus (AM), 4,8;
8) Parque Estrela - Magé (RJ), 4,6;
9) João de Barro - Boa Vista (RR), 4,6
10) Jardim Progresso - Natal (RN), 4,5;
11) Cidade de Deus/Alfredo Nascimento - Manaus (AM), 4,3;
12) Baía do Sol - Belém (PA), 4,2;
13) Residencial Tiradentes - São Luís (MA), 4,2;
14) Gapara - São Luís (MA), 4,1;
15) Vila Nestor - São Luís (MA), 4,1;
16) Nacional - Porto Velho (RO), 4,1;
17) Santa Rita - Feira de Santana (BA), 4,0;
18) Barra Alegre - Ipatinga (MG), 3,9;
19) Comunidade São Lucas - Manaus (AM), 3,8;
20) Água Boa - Belém (PA), 3,8.
O estudo mostra, ainda, o desenvolvimento de instituições financeiras dentro das comunidades. O G10 Bank, criado em Paraisópolis – segunda maior favela do Brasil, localizada na zona sul de São Paulo –, planeja expandir e abrir agências físicas em quatro estados, trazendo serviços financeiros especializados para favelas. (Com informações da Agência Brasil)
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