Levantamento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta que o comércio informal de bebidas alcoólicas no Brasil está em expansão, elevando os riscos de intoxicações e facilitando o acesso de menores ao álcool.
Segundo a Terceira Pesquisa Nacional sobre Álcool e Drogas (Lenad 3), 23,3% dos brasileiros compram bebidas “bem abaixo do preço normal” e 36,4% já participaram de eventos “open bar”. Locais como postos de gasolina, camelôs, aplicativos e padarias concentram parte significativa das vendas.
A coordenadora da pesquisa, Clarice Madruga, alerta que, em países como o Canadá, esses pontos não são autorizados a comercializar bebidas alcoólicas. Ela defende o licenciamento e a fiscalização para evitar casos de contaminação por metanol e o comércio de produtos falsificados.
O estudo, feito com 16.608 pessoas em 300 municípios, também revela que 74,7% dos adolescentes entre 14 e 17 anos conseguiram comprar bebidas sem serem barrados. A maioria obteve o álcool em bares, botequins e ambulantes.
Para Madruga, a ausência de controle e a informalidade tornam a venda a menores praticamente livre. A Unifesp propõe políticas públicas mais rigorosas, com rastreabilidade, advertências sanitárias, restrição de promoções e redução dos pontos de venda.
A pesquisadora destaca que medidas desse tipo já reduziram acidentes e abusos em outros países, mas que a regulação no Brasil enfrenta o desafio do comércio informal e da venda por aplicativos.
Fonte: Portal Bahia Notícias.
Mín. 23° Máx. 39°
Mín. 23° Máx. 37°
Chuvas esparsasMín. 23° Máx. 37°
Tempo limpo