A escritora Heloísa Teixeira tomou posse na noite desta sexta-feira (28) na cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), na vaga que pertencia a escritora Nélida Piñon, que faleceu em dezembro. Recentemente, Heloisa aposentou o sobrenome Buarque de Hollanda, que era do primeiro marido Luiz Buarque de Hollanda, e passou a adotar o Teixeira, de origem materna.
Eleita com 34 dos 37 votos, ela disse que entra na academia, aos 84 anos, a escritora e crítica cultural passa a ser a décima mulher eleita para a ABL. De acordo com a Agência Brasil, a cadeira 30 tem como fundador o contista Pedro Rabelo e como patrono o jornalista e romancista Pardal Mallet. Já ocuparam o assento como titulares o advogado Heráclito Graça, o médico Antônio Austregésilo e o ensaísta, filólogo e lexicógrafo Aurélio Buarque, além de Nélida Piñon.
Uma das principais vozes do feminismo brasileiro, Heloísa Teixeira é formada em letras clássicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), com mestrado e doutorado em literatura brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorado em sociologia da cultura na Universidade de Columbia, em Nova York. É diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), onde coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.
Entre os livros publicados, destaca-se a coletânea 26 Poetas Hoje, de 1976, livro foi uma resposta direta aos anos de chumbo e se tornou um clássico da poesia brasileira, referência incontornável para escritores e leitores de poesia. Heloísa publicou também: Macunaíma, da literatura ao cinema; Cultura e Participação nos anos 60; Pós-Modernismo e Política; O Feminismo como Crítica da Cultura; Guia Poético do Rio de Janeiro; Asdrúbal Trouxe o Trombone: memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70; entre outros.
Fonte: Metro1.
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