Política Julgamento
STF marca para 7 de novembro o início do julgamento dos recursos de Jair Bolsonaro e do “núcleo crucial”
O colegiado do Supremo Tribunal Federal realizará entre 7 e 14 de novembro a apreciação dos embargos e questionamentos das defesas após encerramento do prazo para recurso.
28/10/2025 08h34
Por: F. Silva Fonte: Com informações do Metro1

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), deve inaugurar o julgamento dos recursos interpostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelos demais réus integrantes do denominado “núcleo crucial” da trama golpista a partir de 7 de novembro, com possibilidade de se estender até o dia 14.

O relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, já requisitou ao presidente da Turma, ministro Flávio Dino, a formalização da marcação das sessões de julgamento. A data ainda depende de confirmação oficial pelo ministro Dino.

O prazo para apresentação dos recursos encerrou-se nesta segunda-feira (27), com as defesas protocolando embargos de declaração em face da decisão condenatória da Turma.

Análise:
O agendamento da apreciação dos embargos abre um novo capítulo no caso que envolveu a acusação de tentativa de golpe de Estado por parte de Bolsonaro e de outros ex-altos agentes públicos. A marcação para o início em 7 de novembro demonstra o cronograma acelerado adotado pela corte para resolver as pendências recursais desse processo.

Há três aspectos centrais a considerar:

  1. Urgência institucional: O STF mostra disposição em dar celeridade ao trâmite daqueles processos que afetam a ordem democrática, evidenciando que não pretende postergar indefinidamente a deliberação sobre os recursos.

  2. Amplitude dos recursos: As defesas optaram por se valer de embargos de declaração, instrumento técnico que busca esclarecer omissões, contradições ou obscuridades na decisão condenatória — e que não tem o poder de modificar o julgado, mas pode prolongar o trâmite.

  3. Risks processuais e políticos: Dado o patamar político-institucional dos réus e a natureza simbólica do julgamento, o planejamento entre 7 e 14 de novembro torna-se critério relevante para observar como o STF conduzirá a fase recursal e como as defesas tentarão reverter ou atenuar as condenações anteriores.

À luz disso, espera-se que este julgamento seja acompanhado de perto não apenas por operadores do Direito, mas também por diversos setores da sociedade interessados nas garantias democráticas, no funcionamento das instituições e no recado que a Corte pretende dar ao sistema político.

Fonte: Portal Metro1.