A maioria dos brasileiros é contrária ao Projeto de Lei da Dosimetria, que propõe penas mais brandas para condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. É o que revela a pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8).
De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados se posicionam contra a proposta, enquanto 37% são favoráveis e 11% afirmaram estar indecisos ou não responderam.
O texto, que ainda tramita na Câmara dos Deputados, é relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e é visto como alternativa ao PL da Anistia, já que não prevê perdão total, mas ajustes na dosimetria das penas, ou seja, no cálculo da punição aplicada a cada caso.
A discussão ganhou força após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que aplicaram penas severas a alguns dos envolvidos nos ataques. Um dos casos que chamou atenção foi o de Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão domiciliar por pichar com batom a estátua da Justiça.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também contribuiu para o debate ao reconhecer que algumas penas podem ter sido excessivas, o que impulsionou a defesa de um tratamento mais proporcional aos crimes cometidos.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em todo o país, entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
O resultado evidencia a polarização da sociedade em torno da responsabilização pelos atos antidemocráticos, dividindo opiniões entre quem pede rigor nas punições e quem defende revisões proporcionais às condutas individuais.
Fonte: Metro1.