A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação contra o vereador Cássio Luiz Barbosa (PL), conhecido como “Cássio Fala Pira”, do município de Piracicaba, após denúncias de importunação sexual feitas por duas mulheres. O caso é conduzido sob sigilo pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). O parlamentar nega as acusações e divulgou notas oficiais de defesa.
Uma das mulheres relatou que o episódio ocorreu dentro do gabinete do vereador, na Câmara Municipal. Segundo o depoimento, ela havia procurado o político para pedir ajuda na busca por um emprego, quando teria sido tocada nas partes íntimas e obrigada a segurar o corpo do vereador.
“Achei que ele ia entrar em contato com a pessoa [que ofereceria o emprego]. Mas ele pegou minhas mãos e ficou segurando. Fiquei com medo do que poderia acontecer”, relatou à polícia.
A denunciante afirmou ainda que o vereador se aproveitou de sua vulnerabilidade emocional e tentou pegar seu celular após ela enviar uma mensagem de socorro a uma amiga. De acordo com o relato, Cássio teria oferecido um emprego posteriormente, possivelmente para impedir que o caso fosse levado adiante.
Uma testemunha confirmou à polícia que a vítima ficou abalada psicologicamente após o ocorrido e revelou que outras mulheres também relataram situações semelhantes envolvendo o parlamentar.
Uma segunda denunciante disse à DDM que o vereador teria feito comentários de cunho sexual sobre seu corpo e, em outra ocasião, passado a mão em sua cintura e quadril.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a investigação segue em andamento sob sigilo e que detalhes não serão divulgados por se tratar de crime de natureza sexual.
A Câmara Municipal de Piracicaba confirmou que já adotou os encaminhamentos internos cabíveis e se colocou à disposição da Justiça para colaborar com as apurações.
Em duas notas oficiais, Cássio Luiz Barbosa e sua defesa negam todas as acusações.
O parlamentar afirmou ser “absolutamente inocente”, declarou confiança na Justiça e pediu “serenidade e responsabilidade” no tratamento do caso.
Já o advogado Marcelo Cheli de Lima, que representa o vereador, classificou as denúncias como “levianas e infundadas”, dizendo que apresentará imagens de câmeras de segurança e testemunhas que comprovariam a inocência do cliente.
O advogado reforçou ainda o princípio da presunção de inocência, destacando que nenhuma condenação deve ser feita antes da conclusão das investigações.
Fonte: Portal Meio Norte.