O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, não será obrigado a comparecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do INSS, que investiga fraudes em benefícios de aposentados e pensionistas. A decisão foi tomada neste sábado (13), pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O magistrado também estendeu a medida ao empresário Maurício Camisotti, preso junto com Antunes na sexta-feira (12), durante operação da Polícia Federal (PF). Ambos tinham oitivas marcadas para a próxima semana na CPMI — a de Antunes para segunda-feira (15) e a de Camisotti para quinta-feira (18).

Segundo Mendonça, tecnicamente a PF pode apresentar os investigados à comissão, mas a presença não é compulsória. A decisão, de caráter sigiloso, foi divulgada pela CNN Brasil.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, criticou a medida e informou que acionou a Advocacia do Senado para ajuizar um mandado de segurança no STF a fim de tentar reverter a decisão.

“Entendemos que é fundamental a presença dos dois investigados, porque já estavam comprometidos a comparecer. Eu respeito a decisão do ministro, mas considero injustificável dar o direito de não irem, uma vez que estão presos e têm muito a dizer à CPMI. O trabalho da Polícia Federal e do Supremo é muito diferente do da comissão”, afirmou.

Com informações do BNews.